São Paulo – Pelo menos cinco cidades do interior de São Paulo decretaram situação de emergência por causa de epidemias de dengue. A situação mais grave é em Catanduva, onde 18 pessoas morreram.
Os hospitais e postos de saúde de Catanduva estão lotados. Em uma unidade, todos os pacientes estão com os sintomas da dengue. “Horrível, doi tudo: as pernas, corpo”, comenta um paciente.
Desde janeiro, quase 4 mil casos foram diagnosticados. Dezoito pessoas já morreram na pior epidemia da história do município. E outras dez mortes estão sendo investigadas. Ivana perdeu o tio. “Pra família foi um choque muito grande, ninguém esperava isso. Ele estava muito bem. Ele não tinha nada.”, lamenta Ivana Sahão, empresária.
A prefeitura baixou dois decretos para conter o avanço do mosquito transmissor da dengue: um que autoriza os agentes a entrarem em casas fechadas, o outro permite que os funcionários públicos limpem os terrenos e mandem a conta para os donos. Se forem encontrados criadouros, o proprietário ainda recebe uma multa.
Em Marília, é a tecnologia que ajuda a encontrar focos do mosquito. Agentes usam um drone, equipamento guiado por controle remoto, para analisar áreas de difícil acesso. Quatro mortes foram registradas e outras 18 estão em investigação.
Em Guararapes, a prefeitura assumiu a direção da Santa Casa para melhorar o atendimento. Seis pessoas morreram e mais de duas mil contraíram a dengue.
A epidemia também preocupa em Sorocaba. Onde o número de casos aumentou 66% em uma semana. Uma morte foi confirmada.
Na região de Campinas, Limeira é a cidade com a situação mais grave. Foram quase 2,7 mil casos de dengue, e uma morte.