quinta-feira, 19 de junho de 2025

MP pede que mapeamento em áreas de risco em Gramado seja ampliado após prédio desabar

Por G1 RS

O Ministério Público do Rio Grande (MPRS) informou que deve solicitar à Justiça uma audiência sobre as rachaduras registradas nos últimos dias em Gramado, que ajudaram a causar o desabamento de um prédio nesta quinta (23).

Segundo o promotor de justiça Max Guazelli, o principal objetivo a ser debatido é a ampliação do mapeamento sobre as áreas de risco do município. Um levantamento inicial foi feito ainda na década passada e a região onde atualmente ocorreram as fissuras não foi incluída neste primeiro trabalho. “O que se nota hoje é a necessidade de ampliação e aprimoramento do mapeamento das àreas de riscos”, diz Guazelli.

A Serra do Rio Grande do Sul foi uma das regiões do estado mais atingidas por temporais nos últimos dias. Em Gramado, moradores precisaram sair de casa depois que rachaduras começaram a aparecer no solo, em consequência da chuva.

Em 2013, o promotor havia instaurado um inquérito devido a pequenos deslizamentos de terra em diferentes pontos da cidade. Diante deste fato, foi ajuizada, em 2016, uma ação civil pública sobre o caso, quando também foi solicitado um mapeamento dos locais com problemas. O trabalho foi realizado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB).

Além disso, a audiência também deve apresentar um curso de capacitação e percepção destes pontos com problemas de rachaduras no solo. A medida tem como objetivo realizar ações preventivas para diminuir os riscos à população, o que envolve também futuras localidades onde possam ser construídas residências.

O que aconteceu?

Um prédio desabou na manhã desta quinta-feira (23), em Gramado, na Serra do Rio Grande do Sul. A construção ficava no bairro Três Pinheiros. Todos os moradores do local já haviam sido desalojados no domingo (19) e, de acordo com a prefeitura do município, não houve registro de feridos.

O residencial apresentava uma área total construída de 3363.64 m² em 5 pavimentos. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o local segue interditado e isolado, pois a instabilidade no solo permanece.

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