quinta-feira, 12 de junho de 2025

Ibama inicia monitoramento ambiental pós-enchentes no RS

Por Ibama

Entre os escombros das enchentes que tomaram ruas, campos e memórias no Rio Grande do Sul em 2024, uma nova frente de trabalho começou a se desenhar em março de 2025. Dessa vez, não com pás ou bombas d’água, mas com tubos de ensaio, dados e amostras.

Técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), realizaram, de 16 a 21 de março, a primeira de uma série de seis campanhas de monitoramento ambiental no estado. A missão do grupo é compreender os impactos ambientais das maiores enchentes da história recente do Sul do país.

A operação teve início em Porto Alegre e será gradualmente estendida a outras regiões duramente atingidas pelas cheias de maio de 2024. Com coordenação do Centro Nacional de Emergências Ambientais e Climáticas do Ibama (Ceneac), o trabalho envolveu especialistas dos Núcleos de Prevenção e Atendimento a Emergências Ambientais (Nupaem) dos estados de Santa Catarina, Maranhão, Ceará e do próprio Rio Grande do Sul. Também participaram da iniciativa representantes da Diretoria de Qualidade Ambiental (Diqua) e da Superintendência do Ibama no Rio Grande do Sul.

Antes de calçarem as botas de campo, os técnicos passaram por um treinamento especializado conduzido pela UFSM, com foco em protocolos seguros e precisos para a coleta de amostras de solo e água. O cuidado na preparação foi essencial: entre áreas urbanas e zonas rurais, foram realizadas 134 coletas de material que agora seguem para análise.

Essas amostras irão revelar muito mais do que níveis de contaminantes. Elas ajudarão a contar a história ambiental que ficou submersa após as enchentes e orientar o caminho da recuperação. Os dados obtidos serão fundamentais para que gestores públicos possam tomar decisões com base técnica sobre o uso seguro dos recursos naturais, além de embasar políticas de mitigação de danos e recuperação ambiental.

A atuação do Ibama nesse contexto reafirma seu compromisso com uma resposta técnica, coordenada e sensível aos desastres naturais que desafiam o país. “Num cenário onde os eventos extremos se tornam mais frequentes, iniciativas como essa representam mais do que fiscalização”, avalia o coordenador-geral do Centro Nacional de Emergências Ambientais e Climáticas do Ibama (Ceneac), Marcelo Amorim. “Elas representam cuidado, reconstrução e ciência a serviço da vida.”

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