terça-feira, 17 de junho de 2025

Cheia dos rios avança no Amazonas e já atinge mais de 400 mil pessoas

Por G1

cheia dos rios do Amazonas avança e já atinge mais de 420 mil pessoas, segundo o boletim mais recente da Defesa Civil do Estado, divulgado neste domingo (15). Os afetados enfrentam dificuldades de locomoção, perdas na produção rural e inundações em suas casas.

➡️ O consolidado também indica que 36 dos 62 municípios do Amazonas estão em situação de emergência devido ao fenômeno.

Historicamente, o período de cheia no Amazonas inicia na segunda quinzena de outubro, marcando o fim da seca — que, em 2024, registrou níveis recordes de estiagem em várias regiões do estado. Em todo o estado são 425.844 pessoas atingidas, o que equivale a 106.464 familias, segundo a Defesa Civil.

Em Manaus, o Rio Negro está na cota de 28,86 metros conforme a medição mais recente do Porto de Manaus, divulgada no domingo. O nível se manteve estável desde sábado (14) e está a 14 cm da cota de inundação severa.

A expectativa é que o cenário de cheia continue pelos próximos dias, mas não por muito tempo. Conforme previsão do 3º Alerta de Cheias da Bacia do Amazonas de 2025, divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) em 30 de maio, a expectativa é de que o ápice da cheia ocorra até o fim desta semana.

Reivindicação

Com a elevação do nível da água do igarapé que corta o bairro Educandos, na Zona Sul de Manaus, moradores cobram a construção de pontes de madeira para garantir o acesso às casas, especialmente nas áreas mais afetadas pelos alagamentos.

Apesar da urgência, apenas uma parte dos becos alagados recebeu a instalação de pontes provisórias. Em outras áreas, os moradores seguem enfrentando grandes dificuldades para se locomover.

Além dos transtornos com a mobilidade, há o risco iminente de doenças, já que o contato com a água contaminada e o acúmulo de lixo aumentam a exposição a agentes infecciosos.

O município de Uarini é um dos que estão em situação de emergência por causa da cheia do Rio Solimões. Ao todo, 113 comunidades rurais e quatro bairros na sede da cidade foram afetados pela enchente deste ano.

De acordo com a Defesa Civil do município, a subida das águas já atinge as áreas de várzea, onde vivem mais de 2.200 famílias. Segundo a última atualização do órgão, o Rio Solimões estava com 19, 79 metros.

Os agricultores da região já registram perdas significativas nos plantios de banana e macaxeira, culturas de base para a alimentação e economia local. A situação também impacta a pecuária já que as criações de gado de alguns produtores estão sem terra firme para o pasto e os animais permanecem dentro d’água para se alimentar.

Artigos relacionados

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui