O trauma constitui um dos maiores problemas que afetam a saúde. O que ao longo do tempo foi tratado como objeto exclusivo de segurança pública, nos dias de hoje se tornou um problema para o setor de saúde.
Os dados referentes à mortalidade no país, disponíveis no departamento de informática do SUS DATASUS evidenciam a demanda significativa que representam as causas externas para os serviços de emergência e a importante carga social que denotam, por sequelas e perda de vidas, além de onerarem a sociedade com custos diretos e indiretos, de acordo com A M R Santos et al.
O SAMU 192 (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) é um programa que tem como finalidade prestar o socorro à população em casos de emergência. A partir do programa, o governo federal está reduzindo o número de óbitos, o tempo de internação em hospitais e as sequelas decorrentes da falta de socorro precoce.
O SAMU é o principal componente da Política Nacional de Atenção às Urgências, criada em 2003, que tem como finalidade proteger a vida das pessoas e garantir a qualidade do atendimento no SUS, de acordo com os princípios doutrinários do SUS, a universalidade, a equidade e a integralidade. A Política tem como foco cinco grandes ações: organizar o atendimento de urgência nos pronto atendimentos, unidades básicas de saúde e nas equipes do Programa Saúde da Família; estruturar o atendimento pré-hospitalar móvel (SAMU 192); reorganizar as grandes urgências e os pronto-socorros em hospitais; criar a retaguarda hospitalar para os atendidos nas urgências; e estruturar o atendimento pós-hospitalar.
Historicamente, o nível de resposta à Urgência e Emergência tem sido insuficiente, provocando a superlotação das portas dos hospitais e prontos-socorros, mesmo quando a doença ou quadro clínico não são característicos de um atendimento de emergência. Essa realidade contribui para que estes locais não consigam oferecer um atendimento de qualidade e mais humanizado.
No entanto, a implementação do serviço de atendimento pré-hospitalar, mudou o perfil da população de traumatizados que chegam nos serviços de emergência. Nos dias de hoje os doentes chegam cada vez mais graves, mas no passado morriam no local do acidente por falta de socorro adequado.
As primeiras horas pós-evento traumático têm sido apontadas por vários autores como sendo o período de maior índice de mortalidade.
R M C Souza e M A Malvestio citam que para as vítimas de acidente de trânsito em vias expressas, inúmeros fatores contribuem para o maior potencial de gravidade de lesões, entre eles a maior velocidade permitida e o alto fluxo de veículos de diferentes tipos.
No Brasil, a mortalidade por causas externas não difere dos demais países do mundo, uma vez que ocupa o terceiro lugar dentre todas as causas de morte, segundo M S Koizumi, M G R Gutierrez e Y I Whitaker.
Cátia Ribeiro de Sá, Erivelton Neiva Rodrigues e Marco Cícero Terra de Deus
Leia o artigo completo na edição de dezembro da Revista Emergência
Foto: SAMU Santa Luzia
Bom Dia a todos e Boas Festas
Será que esta pesquisa se fez depois que foi vinculada as imagens no Youtube, do atendimento efetuado pela SAMU, onde só fizeram besteiras?? e os resultados daquele atendimento alg`´em sabe? Meu desejo é que realmente se coloque em prática e não fique somente na papel.
Ótimas Festas .