sábado, 14 de junho de 2025

MAURÍCIO LEMOS – Médico do SAMU Regional de Maringá-PR e coordenador-médico da VIAPAR – Rodovias fala sobre as dificuldades e conquistas do APH no país

Atuando como médico na área de atendimento pré-hospitalar desde 2006, o cirurgião torácico Maurício Lemos, médico do SAMU Regional de Maringá/PR e da VIAPAR – Rodovias Integradas do PR, membro da SBAIT (Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado) e do NAEMT (National Association of Emergency Medical Technicians), ressalta a importância da integração entre os órgãos de urgência durante uma situação de emergência. “Esta integração entre agências é essencial para a sobrevida da vítima. Infelizmente, ainda temos, em determinados lugares do país, uma certa resistência por parte de alguns profissionais e gestores. Algo que, na minha opinião, deve ser mudado urgentemente”.

Em entrevista à Emergência, o especialista em emergência pré-hospitalar fala sobre os principais desafios da área, bem como as grandes conquistas do setor, alcançadas nas últimas décadas. Lemos também comenta sobre a importância da integração das centrais 192 e 193 na cidade de Maringá/PR, o crescimento do serviço aeromédico no país e o papel das concessionárias frente aos acidentes de trânsito nas rodovias.

PERFIL
MAURÍCIO MEDEIROS LEMOS

Graduado em Medicina pela Universidade do Sul de Santa Catarina, em 2006, o médico cirurgião geral e torácico Maurício Medeiros Lemos realizou residência médica em Cirurgia Geral no Hospital Santa Rita e Cirurgia Torácica no Hospital Universitário da Universidade Estadual de Maringá/PR (2014), pós-graduação em Emergência Pré-Hospitalar e mestrado em Ciências da Saúde. Durante sua carreira profissional, Lemos exerceu cargos importantes na área como, por exemplo, médico socorrista do SAMU de Santa Catarina (2006/2011) com atuação no serviço de resgate aeromédico do órgão (2009/2011). Em 2011, entrou para a equipe médica da concessionária VIAPAR – Rodovias Integradas do PR, onde atualmente exerce o cargo de coordenador-médico. Paralelamente, atua no SAMU Regional de Maringá/PR, desde 2014, como médico regulador, intervencionista e operador de suporte médico no helicóptero do SAMU, coordenador do programa ATLS (Advanced Trauma Life Support – ACS) e instrutor do PHTLS (Prehospital Trauma Life Support), no núcleo do CETMA – Maringá, assessor de salvamento veicular na ABRES (Associação Brasileira de Resgate e Salvamento) e professor da disciplina de Cirurgia Torácica e Trauma, na Faculdade de Medicina Uningá.

POR QUE O SENHOR SE INTERESSOU PELA ÁREA DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA E EM ESPECIAL O APH?
Em 1986 meu pai faleceu, vítima de choque elétrico. Na época, eu tinha cinco anos e minha irmã sete. Ficamos sozinhos! Perdi meu alicerce! Minha mãe, uma guerreira, nos educou batalhando muito, pois nossas condições financeiras eram limítrofes. O tempo passou e entrei na faculdade de Medicina, em 2000, realizando um grande sonho. Eu tinha duas metas: ser um profissional diferenciado e saber como foi o atendimento do meu pai. A interrogação vivia na minha cabeça. O que poderia ter sido feito de diferente a ele? Será que se tivesse um resgate efetivo mudaria o desfecho? Como foi o atendimento intra-hospitalar? Não foi fácil, mas utilizei aquela situação triste como combustível para definir que eu seria um profissional que atuaria com muita seriedade, dedicação e preparação técnica perante aos meus pacientes. Que eu encontraria no APH e no atendimento à vítima grave intra-hospitalar uma forma de ter a certeza que no meu plantão não faltaria nada a doente nenhum. Me formei em 2006 e, imediatamente, iniciei a preparação para atuar no setor de APH, realizando cursos nacionais e internacionais na área. O tempo foi passando e fiz residência médica em uma especialidade que sou fascinado: a cirurgia torácica. Durante todo este período, em momento algum parei de operar no APH. Em 2006 iniciei minha carreira no SAMU SC, operando nas cidades de Criciúma, Tubarão e Joinville até o ano de 2011. Neste mesmo ano, fui transferido para o SAMU Maringá/PR, onde também iniciei um trabalho na Brvida/Viapar, órgãos em que atuo até os dias de hoje.

Por
Revista Emergência / Luana Cunha

FOTO
Douglas Tenin Memes

Confira a entrevista completa na edição de novembro da Revista Emergência.

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