segunda-feira, 16 de junho de 2025

Especialista fala sobre emergência em plantas industriais no Brasil

Data: 12/12/2011 / Fonte: Revista Emergência

Há 39 anos, o Polo Petroquímico do Grande ABC é uma espécie de casa para João Carlos Hermenegildo, o Chuca. Em quase quatro décadas, a petroquímica onde atua mudou de mãos por três vezes, mas ele lá permaneceu.

Ingressou na Unipar como ope­ra­dor de processos e, três anos depois, já atuava como técnico de Se­gurança do Trabalho, acumulando atribuições de prevenção e resposta a emergências e acidentes. Em 2008, a empresa foi incorporada pela Quattor e João Carlos seguiu como responsável pela área. Dois anos de­pois, nova mudança e, desta vez, como Braskem, responde pelo cargo de especialista de Preparação e Resposta à Emergência.

Na a­tual empresa, juntou-se aos profissionais do Brasil para montar o GECEB (Grupo de Especialistas em Controle de Emergência da Bras­kem). Com reuniões periódicas, o objetivo é padronizar recursos e proce­dimentos de controle de emergência entre as plantas da petroquímica da Bahia, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro.

Em sua tra­je­tória, João Carlos foi coordenador do PAM do Polo do Grande ABC e acumulou expe­ri­ên­cias que o fazem defender ferrenhamente os inves­timentos na res­posta a emergências e na atuação conjunta dos recursos entre as in­dústrias, o que relata em entrevista à Emergência.

Revista Emergência: Em que nível está a preparação para emergências nas empresas brasileiras?

João Carlos Hermenegildo: É preciso analisar dois tipos de empresa. Pri­meiro, a empresa realmente preocupada com seu patrimônio e seus empregados. Depois, a­quela que só faz o que é exigido por lei. Às ve­zes, a empresa está longe dos recursos pú­blicos e, mesmo assim, não investe em e­mer­gência. Uma empresa que está no interior e não tem um corpo de bombeiros próximo de­veria investir muito mais. Quem deve fiscalizar e cobrar este investimento são as seguradoras. Quando começarem a cobrar mais caro o seguro do empresário que não investe em emergência, o cenário tende a melhorar.

Emergência: O investimento esbarra na incerteza da utilização do recurso?

Hermenegildo: Se o empresário fizer estatística para investir, ele não irá investir. Ele deve entender que, ape­sar da probabilidade ser pequena, o dia que a­­contecer, o prejuízo será grande e pode, in­clu­sive, acabar com seu patrimônio. A rea­lidade dos polos de indústrias petroquímicas é com­ple­tamente diferente das demais em­presas. As pe­troquímicas investem em emer­gência porque a possibilidade de uma ocor­rência sair de con­trole rapidamente é muito grande.

Por Rafael Geyger

Leia a entrevista completa na edição de dezembro da Revista Emergência

Foto: Luiz Claudio Sarno


 

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