domingo, 15 de junho de 2025

Detectar fogo em estágio inicial e evitar danos é a proposta de sistema

Data: 28/06/2011 / Fonte: Revista Emergência*

A proposta conceitual do SDAI (Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio) é detectar o fogo em seu estágio inicial, a fim de possibilitar o abandono rápido e seguro dos ocupantes do edifício e iniciar as ações de combate, evitando, assim, a perda de vidas, do patrimônio e também evitar a contaminação do meio ambiente.

As ações de combate ao fogo podem ser iniciadas, automaticamente, pelo sistema de detecção e alarme de incêndio, por meio do acionamento de um dispositivo de supressão ao fogo como, por exemplo, o disparo do sistema de gases limpos dentro de uma sala de CPD.

O SDAI é constituído, basicamente, pelos seguintes componentes: detectores automáticos de incêndio, acionadores manuais, painel de controle (processamento), meios de aviso (sinalização), fonte de alimentação elétrica e infraestrutura (eletrodutos e circuitos elétricos).

O SDAI possui três elementos básicos dentro do conceito operacional do sistema, que podemos descrevê-los como detecção, processando e aviso (sinalização). O primeiro elemento (detecção) é a parte do sistema que “percebe” (detecta) o incêndio.

O segundo elemento envolve o processando do sinal do detector de incêndio ou acionador manual, enviado do local do fogo até a central de processamento ou central de alarme.

Por último, o sistema de processamento da central ativa o aviso por meio de sinalização visual e/ou sonora, com o objetivo de alertar os ocupantes e também acionar dispositivos auxiliares para operação de outros sistemas (como por exemplo: sistema de controle de fumaça, pressurização das escadas, abertura e fechamento de portas ou dampers, acionamento de elevadores ao piso de descarga, acionar chamadas telefônicas etc.).

A detecção de um incêndio ocorre por intermédio dos fenômenos físicos primários e secundários de uma combustão. Podemos citar como exemplos de fenômenos físicos primários a radiação visível e invisível do calor da chama aberta e a variação de temperatura do ambiente devido a um incêndio. Já os exemplos de fenômenos secundários são: a produção de fumaça e fuligem.

O ajuste da sensibilidade dos detectores é fundamental para se evitar a ocorrência de alarmes falsos. Os fenômenos secundários são mais fáceis de serem detectados, pois tais efeitos não se confundem com as condições de um ambiente em situação normal, o que permite definir uma sensibilidade maior de atuação do sensor. Já o ajuste de um sensor para detectar a variação de temperatura do ambiente em razão de uma combustão traz maior dificuldade, pois variações de temperatura ocorrem em um ambiente em situação de normalidade.

Carlos Henrique de Araújo e Adilson Antonio da Silva

* Este artigo foi publicado originalmente no livro “A Segurança contra Incêndio no Brasil”, com o título “Detecção e Alarme de Incêndio”.

Confira o artigo na íntegra na edição de Junho da Revista Emergência.

Foto: Bronto Skylift

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