A importância da presença do profissional de enfermagem nas operações de salvamento veicular
As transformações econômicas, culturais e sociais têm ampliado os cenários da vida contemporânea, o espaço e os limites de circulação humana, e essas mudanças têm ligação direta com os meios de transportes terrestres, especialmente os automotivos, incidindo diretamente na morbimortalidade por traumas em acidentes de trânsito. Os acidentes de trânsito e a violência urbana ainda são as principais causas de traumas e atingem, em sua maioria, a população economicamente ativa, causando além de um problema socioeconômico para a família, um grave problema de saúde pública, gerando grande demanda para os serviços de reabilitação e previdenciários com pagamentos de indenizações e aposentadorias por invalidez.
O profissional de Enfermagem vem conquistando cada vez mais espaço nos serviços de APH (Atendimento Pré-Hospitalar), realizando atendimentos fundamentados por protocolos nacionais e internacionais que garantem o tratamento das vítimas, com adoção de SBV (Suporte Básico de Vida). Quando na presença do profissional médico, este tem um papel fundamental no SAV (Suporte Avançado de Vida), quando são utilizados procedimentos invasivos e outras técnicas de responsabilidade exclusivas do médico, porém com a necessidade de intervenções do enfermeiro.
Segundo Tony Richardson Maia Lima, o profissional de resgate também desempenha um importante papel de mediador da assistência na cena do acidente para minimizar o risco de morte e deve receber treinamentos específicos e uma educação permanente voltada para o autoconhecimento, o domínio de suas próprias emoções e o conhecimento dos seus limites e possibilidades. A ausência da capacitação traz uma perspectiva mais intuitiva e de sobrevivência do que amparado pelo aprendizado, comprometendo de alguma forma o salvamento.
Dados do autor:
Luiz Gustavo Reis Andrade – Enfermeiro especialista em Urgência, Emergência e Atendimento Pré-Hospitalar (UNIBF), mestrando em Enfermagem e Gestão Sanitária e MBA em Gestão Hospitalar. Atuação no serviço de urgência e emergência de Volta Redonda-RJ, na rede de Hospitais Federais do Rio de Janeiro, e no serviço de APH-Resgate da rodovia Presidente Dutra.
lgaph.enf@gmail.com
Confira o artigo completo na edição de agosto/outubro da Revista Emergência.