
Entre 2004 e 2007, o Brasil registrou 494.058 incêndios, segundo dados compilados pelo projeto Brasil Sem Chamas, a partir de estatísticas do Ministério da Justiça. Embora 36,5% sejam ocorrências florestais, há um expressivo índice de edificações parcial ou totalmente destruídas pelas chamas, entre comércios, hospitais, teatros, escolas e indústrias. Muitos destes sinistros poderiam ser controlados por sistemas de proteção e combate, desde que instalados de forma adequada, a partir de projetos de segurança contra incêndio e pânico.
Tais documentos elencam as necessidades de instalação de equipamentos de proteção ao fogo em determinadas edificações. São elaborados de forma a contemplar a área com recursos compatíveis com os riscos existentes, podendo incluir desde extintores e saídas de emergência, até sistemas de hidrantes e sprinklers (chuveiros automáticos), por exemplo.
Na teoria, a execução de um projeto de boa qualidade evita que pequenos incêndios transformem-se em tragédias, com prejuízos severos e vítimas fatais. No entanto, de <!–?xml:namespace prefix = st1 /–>
Para o capitão Sandro da Cunha Euzébio, comandante do 2º Subgrupamento de Combate a Incêndio de Pelotas/RS, onde chefia a Assessoria de Atividades Técnicas, o alto índice de sinistros pode estar relacionado a problemas na execução dos projetos, o que, por sua vez, tem como causa a falta de intimidade do responsável técnico com o tema, aliada à escassez de detalhes do projeto. Euzébio ressalta que o documento deve ter alto nível de detalhamento, já que nem sempre o responsável pelo projeto será o responsável por sua execução.
O engenheiro civil e de Segurança do Trabalho Alexandre Rava de Campos, responsável técnico da empresa RCC Prevenção de Incêndio e diretor-secretário do CB 24 da ABNT, também acredita que o nível de apresentação dos trabalhos, muitas vezes, deixa a desejar. “É necessário que elaboremos projetos suficientemente completos para que qualquer outro profissional da área tecnológica, legalmente habilitado, possa conduzir a execução sem que tenha que “adivinhar” aquilo que precisa fazer”, afirma.
Campos entende que os empreendedores devem despertar para a importância de investir em projetos e alega que, assim, economizarão durante a fase de execução. “É importante que busquem empresas gerenciadoras capazes de otimizar os recursos nas diversas fases do empreendimento, desde o projeto até a entrega final da obra”, diz.
Reportagem de Rafael Geyger
Confira a reportagem completa na edição de abril da Revista Emergência
Ilustração: Beto Soares/ Estúdio Boom
Não podemos negar a importância de um bom projeto para evitar incêndios. No entanto alguns aspectos devem ser observados.
Projeto não evita incêndio e nem apaga fogo. O que mais vemos são exigências de picuinhas em projetos para render vantagens a quem sabe lá quem. A maioria das normas de PCIP são destinadas ao COMBATE e não à PROTEÇÃO do incêndio. Até parece que tem gente que nasceu primeiro que água.
Temos edificações que possuem verdadeiros focos de incêndio e são disfarçados às vistas de autoridades. A eletricidade é um dos grandes focos. Esta é verdadeiramente abandonada sem nehuma inspeção, fiscalização por quem quer que seja. P´redios velhos com pisos, cortinas, revestimentos, coberturas, arquivos, etc. que pegam fogo com qualquer piscadela. Onde estão as normas, as exigências, as orientações, as fiscalizações para PROTEÇÃO?
Onde estão os treinamentos para síndicos e condôminos feitos com exigência seriedade?
O que vemos muitas vezes são senhores técnicamente analfabetos reprovando projetos por alguns centímetros na altura de um corrimão, como se isto fosse a salvação contra incêndios.
Mas quem sabe eu ainda possa assistir alguém apagando fogo em uma indústria, edifício ou outro local qualquer com um montão de projetos picuinhamente detalhados como se fosse a vassoua da Maga Patalógica.
Vamos cuidar mais da prevenção do que com a neura do combate.
Parece que muito difícil de entendeer que se não existir o fogo não precisa de COMBATE.
Obrigado .