Representantes de secretarias do Governo do Estado reuniram-se nesta sexta-feira (19) com a coordenação da Divisão da Defesa Civil para Curitiba e Litoral para dar andamento ao projeto de ação em caso de catástrofe na região litorânea. “Esta é uma articulação interinstitucional para atuar com mais eficiência caso ocorram outros desastres naturais na região”, explicou o chefe da Coordenação da Defesa Civil, major Antonio Hiller.
O primeiro passo é a identificação e mapeamento das áreas vulneráveis e a definição detalhada das ações pontuais a serem desenvolvidas pelas secretarias, de acordo com a especialidade de cada uma. “É preciso que todos tenham claro que a Defesa Civil não é um órgão, e sim um sistema de que todos os segmentos do Governo do Estado fazem parte, com a coordenação da Casa Militar”, disse o major Hiller.
Foram propostas 30 ações globais e listados os órgãos que devem atuar em parceira, de acordo com a sua função, focalizando três situações distintas: os deslizamentos de encostas, os alagamentos provocados pela dificuldade de escoar a água empoçada e as inundações causadas pela elevação do nível de rios e outros cursos de água.
“Neste momento, estamos planejando unicamente como deve ser dada a resposta imediata em caso de desastre. As questões relativas ao planejamento da reconstrução, por exemplo, são de uma etapa posterior”, esclareceu o major.
A ideia é ter um cadastro das pessoas a serem acionadas em cada órgão para dar andamento às ações. Todo o trabalho deve ser planejado em conjunto com as coordenadorias municipais da Defesa Civil.
Ação conjunta
A avaliação emergencial das áreas de risco é de responsabilidade da Mineropar, empresa do governo que presta serviços na área de geologia, cabendo à Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná) e ao Instituto Águas Paraná e Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná) a avaliação dos alagamentos.
“Na avaliação de estruturas em risco, por exemplo, um grupo de instituições divide as tarefas. O DER (Departamento de Estradas de Rodagem) atende as questões relativas a pontes e estradas, enquanto engenheiros de outras secretarias e técnicos da Águas Paraná avaliam prédios e terreno”, explicou Hiller.
O apoio às vítimas fica aos cuidados da Secretaria da Família e Desenvolvimento Social, Secretaria da Saúde e coordenação municipal da Defesa Civil. “A arrecadação, triagem, transporte e distribuição de donativos é uma tarefa complexa, que exige organização para que a ajuda chegue rapidamente e atenda as reais necessidades da população afetada”, ponderou.
O projeto prevê ainda quais órgãos atuarão na busca, resgate e atendimento pré-hospitalar das pessoas atingidas, além do possível reforço aos hospitais locais, que podem ficar sobrecarregados de trabalho. Para isso, a definição e o pronto acionamento das equipes que trabalharão no restabelecimento de acesso (reconstrução de pontes e estradas) é fundamental.
As instituições participantes elaborarão um planejamento setorial onde devem informar as atividades globais e pontuais que desenvolverão nas situações de risco. “Este tipo de organização permitirá uma atuação ainda mais eficiente do que a obtida no desastre ocorrido em função das chuvas no Litoral em março”, afirmou o major Hiller.
Defesa Civil organiza plano de ação para situações de desastre natural no Litoral paranaense
Data: 19/08/2011 / Fonte: Agência de Notícias do Paraná