domingo, 15 de junho de 2025

Hospitais brasileiros vulneráveis a emergências de desastres

Data: 21/06/2011 / Fonte: Revista Emergência

Junho de 2010. O sul de Pernambuco é atingido por uma grave inundação que deixou mais de 50 mortos e 150 mil desabrigados e desalojados, incluindo as vítimas do norte de Alagoas. Também foi significativo o número de feridos e enfermos, fazendo do cenário um grande desafio para o sistema de saúde local.

Foi diante de tamanha demanda que o hospital de referência do SUS na região fechou as suas portas. Seu prédio também sucumbiu à inundação e, quando a população mais precisava do serviço, ele teve que ser desativado. O episódio de Palmares/PE atesta que, embora livre de terremotos e furacões de grande severidade, o Brasil tem um caminho longo a cumprir para garantir hospitais efetivamente seguros frente aos desastres.

Incêndios, inundações, vendavais, deslizamentos de terra, despreparo e mortes. Em situações de emergência, os hospitais podem ter sua funcionalidade interrompida em razão das próprias fragilidades e deficiências. Há um compromisso mundial para que essas unidades sigam atendendo a população durante as adversidades, mas, na prática, as vulnerabilidades se repetem com frequência.

Em 2005, a Conferência Mundial sobre Redução de Desastres, no Japão, lançou como meta para 2015 que todos os novos hospitais no mundo sejam seguros e que seja recuperada a infraestrutura já existente. Um ano antes, países da América do Sul já tinham firmado acordo semelhante junto à OPAS (Organização Pan-americana da Saúde).

Apesar disto, os desastres continuam a atingir hospitais brasileiros. Em duas das mais mortíferas tragédias naturais dos últimos anos no Brasil, unidades de saúde também se tornaram vítimas da calamidade. Além de Palmares/PE, onde o hospital regional foi destruído pela inundação de 2010, houve um deslizamento de terra em Nova Friburgo/RJ, em janeiro deste ano, levando um hospital à interdição temporária.

Confira a reportagem na íntegra na edição de Junho da Revista Emergência

Ilustração: Beto Soares/Estúdio Boom

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2 COMENTÁRIOS

  1. Esta matéria vem reforçao a opinião do Major Márcio Luiz Alves da matéria, tambem publicada aqui,com o título: ” Prevenção de desastres precisa ter carater Nacional”. Aqui se trata de um dos itens basicos para atendimento destas emergências, mas, não esquecer de outras, como Rodovias, rotas de escape, portos e aeroportos, coisas que, no momento de uma tragédia, se complementam.
    Amaro Walter da Silva-Engº. de Segurança do Trabalho.

  2. Mais uma ótima matéria da Emergência!
    Concordo com o Amaro – comentário anterior.
    O problema é que os proprietários de Hospitais e os governos estão acomodados quanto a esta situação.
    a edificações hospitalares estão cada vez mais pomposas, se assim posso dizer, e as rotas de fuga estão cada vez piores. Aqui em PE, os novos hospitais do governo têm aparência de primeiro mundo, mas o acesso por terra é ruim até para o funcionário, apesar de terem heliporto.

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