sábado, 14 de junho de 2025

Artigo: Experiência desafiadora

Edição 156 – Mai/Jul / 2025

SAMU Belo Horizonte relata como implantou seu Protocolo de Restrição de Movimento de Coluna Vertebral para vítimas de trauma

O conhecimento científico por ser um processo dinâmico e falível, exige dos profissionais de saúde uma constante dedicação e comprometimento com a busca de atualizações, visando garantir a melhoria na assistência aos pacientes independente do local onde esta se processa. Dentre esses locais, encontra-se o APH (Atendimento Pré-Hospitalar) móvel que apresenta particularidades em função das características dos pacientes, dos tipos de atendimentos, dentre outras, dizem H. P. Guimarães et al., J. M. Schmalfuss et al. e J. T. Silva e L. C. Vriesmann.

Atender vítimas de trauma é algo comum no APH móvel e a imobilização da coluna vertebral para vítimas destes agravos foi, por muito tempo, um protocolo padrão nos atendimentos pré-hospitalares. No entanto, essa prática está sendo reavaliada e, em alguns casos, questionada. Estudos relatam que o uso da prancha rígida não reduz a movimentação da coluna vertebral pelo próprio formato em “S” da coluna e que a própria musculatura paravertebral do paciente estabiliza uma coluna potencialmente instável. Esta premissa levou à mudança do termo de “imobilização de coluna” para RMC (Restrição de Movimento de Coluna) vertebral, afirmam P. E. Fischer et al. e P. C. Gonçales et al.

Há também o entendimento de que nem todas as vítimas de trauma necessitam de dispositivos para restringir a coluna e que o uso rotineiro da prancha rígida pode causar diversos malefícios, tais como dor, incômodo, risco de lesão por pressão, aumento da pressão intracraniana, dificuldade de manejo de vias aéreas, maior necessidade de exames radiológicos, dentre outros, dizem A. F. G. Bento, P. P. Sousa, G. Brigolini, R. M. Ciconet, C. C. White et al., D. Stanton et al. e P. E. Fischer et al.

Desde os primeiros consensos publicados sobre a RMC, muitos aspectos vêm sendo discutidos e com base nas recomendações das evidências científicas, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Belo Horizonte/MG (SAMU-BH) decidiu adotar os princípios da restrição do movimento da coluna e para isso construiu um protocolo e todo um planejamento para a implantação do novo protocolo foi elaborado.

Assim, este estudo visa relatar uma experiência sobre a implantação de um Protocolo de Restrição de Movimento de Coluna Vertebral no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Belo Horizonte (SAMU-BH).

EXPERIÊNCIA
Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência sobre a implantação de um Protocolo de Restrição do Movimento da Coluna Vertebral no SAMU-BH.

No ano de 2021, ano de implantação do protocolo, o SAMU-BH possuía uma Central de Regulação das Urgências, 21 unidades de Suporte Básico de Vida (constituídas por dois técnicos de Enfermagem e um condutor) e seis unidades de Suporte Avançado de Vida (tripuladas por um enfermeiro, um médico e um condutor), além de regular sete municípios da região metropolitana de Belo Horizonte.


Autores:

Daniela Aparecida Morais – enfermeira graduada pela UFMG, Doutora e Mestre pela UFMG, especialista em Urgência e Emergência e em Enfermagem Aeroespacial/Titulada em Emergência pelo COBEEM, enfermeira do SAMU-BH e coordenadora do NEP SAMU Macrocentro de BH.
dam.morais@gmail.com

Paula Caroline Gonçales – enfermeira graduada pela UNIFENAS, Doutoranda e Mestre pela UFMG, especialista em Urgência e Emergência e em Enfermagem Aeroespacial, enfermeira o SAMU-BH e instrutora do NEP SAMU Macrocentro de BH.

Karina Mara de Souza – enfermeira graduada pela UNIFENAS, especialista em Urgência, Emergência, Terapia Intensiva e em Gestão em Saúde e enfermeira do SAMU-BH.

Renato Moreira Linhares – médico graduado pela UFMG, especialista em Cardiologia, médico do SAMU-BH.

Leonardo Schiess Sales Antunes – médico graduado pela FASEH, especialista em Cirurgia Geral e Cirurgia do Trauma e médico do SAMU-BH.

Patrícia Caram Guedes – enfermeira graduada pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, especialista em Formação Pedagógica em Educação Profissional na Área de Saúde: Enfermagem e responsável técnica de enfermagem do SAMU-BH.

Roger Lage Alves – médico graduado pela UFMG, Mestre em Cirurgia pela UFMG, especialista em Cirurgia Geral, Cirurgia do Trauma e titulado em Cirurgia Bariátrica, Cirurgia do Aparelho Digestivo e Cirurgia Robótica e gerente do SAMU-BH.


Confira o artigo completo na edição de mai/jul / 2025 da Revista Emergência.

Artigos relacionados

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui