terça-feira, 01 de julho de 2025

Vistoria descarta risco iminente de prédio incendiado no Centro de SP desabar

Fonte: G1

Uma vistoria realizada na manhã do dia 16/07 descartou o risco do prédio que pegou fogo no Centro de São Paulo desabar por completo, como havia sido cogitado, afirmou Marcos Monteiro, secretário de Obras e Infraestrutura de São Paulo. Com isso, os operários poderão entrar na construção para demolir o edifício. “A estrutura está em bom estado ou, pelo menos, não ofereceu um risco de uma ruptura imediata sem aviso. Isso permite já a perícia fazer o trabalho lá dentro. A gente não tem informação de quando eles terminam esse trabalhos, mas a gente vai poder ter acesso ao prédio após o término da perícia”, enfatizou.

Os trabalhos começaram no dia 16/07 pela parte de segurança, com instalação de tapumes e redes cobrindo todo o edifício. Cerca de 20 funcionários da empresa contratada ficarão responsáveis pelo início da obra. No início da manhã, a Polícia Técnica, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, representantes da prefeitura e da empresa contratada para fazer a demolição entraram no prédio. Assim que forem autorizados a entrar no edifício, os operários começarão pelos últimos andares.

“Nessa entrada dos funcionários, eles vão começar a fazer a limpeza da área e vão instalar redes de segurança, bandejas de segurança para que qualquer material que eventualmente venha a cair não atinja a rua. Daí, vão começar a escorar o edifício de baixo para cima”.

A demolição completa do edifício poderá levar até 6 meses para ser concluída.

Operação

Os trabalhos ocorrerão sete dias por semana, das 7h às 17h. De acordo com a prefeitura, por se tratar de uma ação emergencial, os prazos serão estabelecidos no decorrer dos trabalhos, bem como o valor que será investido.

No primeiro momento, serão colocados tapumes no local, e se iniciará a montagem do canteiro de obras na Rua Barão de Duprat. A empresa responsável pela demolição é a G2O Gerenciamento e Obras.

No dia 15/07, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) informou que a demolição será feita de forma mecânica.

“Começa parcial, do 10º ao 7º andar. Durante os trabalhos vão sendo feitos os testes para ver se vai ser necessário demolir pra baixo. O objetivo da prefeitura agora é diminuir todos os riscos e voltar o quanto antes aquela área a funcionar, porque é uma área de comércio importante para a cidade, gera muito emprego e renda lá”, afirmou Nunes.

Ainda na tarde do dia 15/07, uma equipe do Corpo de Bombeiros esteve no local para verificar se ainda existem focos de incêndio no prédio.

Combate às chamas

Após quatro dias de combate, os bombeiros consideram o incêndio extinto. As vias da região da 25 de Março que estavam interditadas foram liberadas. Apenas a rua onde fica o prédio, a Comandante Abdo Schahin, permanece fechada.

Na noite de quarta, assembleia entre os comerciantes condôminos do prédio de dez andares autorizou a demolição do prédio pela Prefeitura de São Paulo.

Embora o prefeito Ricardo Nunes (MDB) tenha informado na manhã de quarta que o prédio seria demolido através de implosão, durante a tarde esta opção foi desconsiderada.

Segundo Marcos Monteiro, secretário municipal de Infraestrutura e Obras, “por essa condição de iminente ruína, nós partimos da premissa que não conseguiremos fazer com que qualquer pessoa entre no prédio. Com isso, a gente praticamente elimina as hipóteses de implosão, porque não podemos posicionar explosivos dentro do edifício, ou de explosão manual. Daí a gente, evidentemente, vai estudar a hipótese de demolição mecânica ou mais alguma alternativa que surja”.

Além desse prédio de dez andares, outros quatro imóveis próximos também foram incendiados: um prédio de seis andares, uma loja e uma igreja. Todos ficam na região da Rua 25 de Março.

Dois bombeiros chegaram a sofrer queimaduras e foram internados durante os trabalhos. Não há mais registros de pessoas feridas na região. A Polícia Civil investiga as causas e eventuais responsabilidades pelo incêndio.

9 imóveis interditados

Avaliação feita por engenheiros da prefeitura interditou nove imóveis do entorno.

Além do prédio de dez andares, que corre risco de desabar, mais oito edificações foram interditadas porque poderiam ser atingidas pela possível queda e destroços do edifício.

Os prédios interditados estão nos seguintes endereços:

  • Rua Cavalheiro Basílio Jafet, 115
  • Rua Cavalheiro Basilio Jafet, 127
  • Rua Cavalheiro Basílio Jafet, 107
  • Rua Barão de Duprat, 41
  • Rua Barão de Duprat, 39
  • Rua 25 de março, 734
  • Rua 25 de março, 702
  • Rua Comandante Abdo Schahin, 94
  • Rua Comandante Abdo Schahin, 78 (onde está o prédio de 10 andares que continua pegando fogo)

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